sexta-feira, 3 de julho de 2015

Por que, porque, por quê ou porquê

COMO USAR

FormaQuando usarExemplo
Por que
Nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras “razão” e “motivo”.
Por que você não aceitou o convite?
Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta. Ela contou por que (motivo, razão) estava magoada.
Por quêNos finais de frases.Por quê? Você sabe bem por quê.
PorqueQuando corresponder a uma explicação ou a uma causa.“Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio...” (M. Assis, Dom Casmurro). Comprei este sapato porque é mais barato.
PorquêQuando é substantivado e substitui “motivo” ou “razão”.Não sabemos o porquê de ela ter agido assim. É uma menina cheia de porquês.

Crase: Regras de uso e emprego

A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto deSão Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?
É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.
A tabela resume os principais casos em que a crase deve (ou não) ser utilizada:

Vinte erros comuns em português


As dez palavras escritas erradas com mais frequência são:
1. asterístico – cuja forma certa é asterisco, pois significa “pequeno áster”, assim como o “chuvisco” é o diminutivo de chuva.
2. beneficiente – a forma correta é “beneficente”, pois a palavra não deriva de “ciência”, e sim de “fazer o bem”.
3. desinteria – o correto é “disenteria”. O prefixo “dis” significa “mau funcionamento”, e “entero” significa intestino.
4. impecilho – o certo é "empecilho". Não vem do verbo “impedir”, e sim do arcaico “empecer”, que é “criar obstáculo”.
5. freiada – não se deve colocar o “i”, apesar da palavra pertencer à família da palavra “freio”.
6. meretíssimo – vem de mérito, então o correto é “meritíssimo”
7. reinvindicação – o correto é “reivindicação”.
8. paralização – deve-se usar S em vez de Z, assim como nas palavras “paralisar” e “analisar”
9. côco – não se deve acentuar essa palavra, e sim a oxítona “cocô”.
10. rúbrica – a escrita correta é sem o acento, pois a sílaba tônica é “bri”.

Os erros que o professor considera imperdoáveis são:
1. depedração – o correto é “depredação”.
2. estrupo – a grafia correta é “estupro”.
3. mortandela – não há N nessa palavra.
4. mendingo – também não há N em “mendigo”.
5. adevogado – não há E, muito menos I, alerta o professor.
6. seje – o correto é “seja”.
7. mixto – o X está errado. A forma correta é “misto”
8. simplismente – o professor culpa a pronúncia da palavra, pois apesar de ser escrita com E, ela é falada com I por muitas pessoas.
9. previlégio – “as pessoas acham que estão falando bonito, quando é ‘privilégio’”, alerta o professor.
10. derrepente – o correto é separar (“de repente”). Além disso, o professor vê o sentido ser trocado. Em vez de “repentinamente”, pessoas usam “de repente” como um sinônimo para “talvez”, como na construção “de repente ele é a favor”.

 Sérgio Nogueira